segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Criação de abelhas sem ferrão

Texto: Ana Carolina Dias

Você já viu uma abelha sem ferrão? Existem, catalogadas, mais de 300 espécies silvestres de abelhas sem ferrão, Meliponíneos, próprias da região amazônica. A meliponicultura é o estudo da criação racional dessas abelhas e vem sendo reconhecida como uma atividade capaz de fornecer uma significativa agregação de renda para diversas comunidades no país.

A principal espécie estudada atualmente no Pará é a Melípona Flavolineata, mais conhecida popularmente como Uruçu Amarela.

Diversas características diferenciam as africanas (Apis Melífera) das melíponas, entre elas: a ausência de ferrão desta última, a produção e qualidade do mel, o tamanho, a estrutura da colméia, entre outras.


A produção de mel das melíponas varia de 5 a 10 litros por ano, quantidade inferior em relação à das abelhas africanas (essas podem produzir até 15 litros, ou mais, no mesmo período). As abelhas nativas permitem maior facilidade na sua manipulação, pois não é necessário uma roupa específica, já que elas não são agressivas.

Qualidade do mel -  Outro fator interessante a respeito da abelha Uruçu Amarela é a qualidade de seu mel, que possui alguns nutrientes diferenciados e benefícios a mais que a da africanizada. Através de testes feitos pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa Amazônia Oriental com o mel e o própolis desta abelha amazônica, constatou-se a eficácia de seu produto no combate à determinadas bactérias.

Descobrimos essa informação entrevistando a universitária Rosana Ribeiro dos Santos. Ela cursa Zooctecnia na Universidade Federal Rural da Amazônia – UFRA e é bolsista da Embrapa, sob a orientação do pesquisador Giorgio Venturieri. Venturieri é Doutor em Ecologia, pesquisa as abelhas nativas há 20 anos, sendo que atualmente investiga técnicas de fertilização do tomate cereja com abelhas nativas, que possuem a capacidade vibrar para estimular a polinização.

Saiba mais no vídeo abaixo:





Ana Carolina Dias

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